25 de maio de 2013


O biker Luciano Schroeder ou Covinha (como é mais conhecido :) é uma pessoa  muito querida  por todos! Está sempre de bom astral e procurando animar a turma, contagiando com seu bom humor! :)
O Covinha curte usar as magelas de várias formas: fazendo cicloturismo nacional e internacional, pedalando em grupo, competindo, como meio de transporte; tendo iniciado suas pedaladas quando ainda era criança, nas 'pistas de bicicross' criadas pela galera.
Curta mais uma história Show de Bike! :)

CicloAbraços, Biker


Ao receber o convite do Audálio para relatar minha vida de Bike, me toquei que até então não havia nada registrado e tampouco refletido o que a Bike representava na minha vida.  Excelente a ideia dele e que Show ler todos os outros relatos. 

Bom, nem vou falar que me considero um quase dinossauro da Bike, de tanto tempo que estou nela. Aliás, acho que só bastou ter aprendido a andar, para logo em seguida subir na magrela, uma caloi Aro 20.  Lá em Barreiros, na rua que leva o nome do meu Avó, Antônio Schroeder,  dei as primeiras pedaladas tentando me equilibrar no trilho do carro. 


Monareta 1980
Depois veio a adolescência no Estreito, onde aí já estava com uma Monareta 1980. Côsa medonha. Acho que era falta de grana !!!! rsrsrs Na época a galera “que podia” andava de Caloi extra light.  Mas não foi isso que me desmotivou, ao contrário, cortei a garupa, troquei banco, pneus e fui fazer bicicross por alguns anos. Quem se lembra da pista da DVA ? ? Quem se lembra da pista do Shopping Itaguaçu ? E a pista da Esteves Junior ?  Putz, tempo bom. Minha canela e o joelho viviam feridos !!!!  


Caloi 10 Speed
Depois desse tempo das pistas de Barro, me aventurei por alguns passeios que hoje chamamos de Cicloturismo. Logo em seguida, no tempo da frase “quero minha caloi” ganhei uma Caloi 10 Speed, nem sei o nome correto, que então me aventurei pelo asfalto.  

Aí então veio a época do Surf, da vela, da pesca, e tantas outras coisas que me afastaram da magrela.  Era o Ano de 2006 e trabalhando no Norte da Ilha, me convidaram para entrar num grupo que pedalava a noite. Eu já conhecia a maioria dos medonhos.  Esse era o início do Grupo Duas Rodas que até hoje faço parte. 


Caminho de Santiago de Compostela
Bom, vieram os passeios, as aventuras e as viagens. Nesse período, já fomos pedalar na Serra Catarinense, já participei de 2 Audax, percorri o caminho de Santiago de Compostela, participei de  competições de Mountain Bike, ou seja, utilizo a Bike pra Viajar, pra me deslocar e pra me divertir.  

No pedal, principalmente no Grupo Duas Rodas,  fiz muitos amigos e conheci muita gente legal. Incomodo a todos com piadinhas sem graça, pego no pé da galera, invento alguns apelidos, mas gostaria que compreendessem que a hora do pedal pra mim, é pura diversão e adrenalina !!! Abraço Galera e até outros pedais !! 


Participando de Competição de Mountain Bike
Cicloturismo com o Grupo Duas Rodas
Pedalando com os amigos

24 de maio de 2013

A duas semanas da competição mais de 560 atletas já inscreveram para competição no empreendimento sustentável

Texto escrito por João Paulo Borges

Começou a contagem regressiva para a segunda competição esportiva que será realizada no bairro Pedra Branca neste semestre. É grande a expectativa para a 3ª edição da Marathon Márcio May, prova de Mountain Bike marcada para 9 de junho. Como tradicionalmente acontece, a competição deve reunir os melhores ciclistas do estado, do país e alguns estrangeiros.
2o Marathon Márcio May Pedra Branca -  2012

Com largada e chegada no “bairro-cidade”, mas com 50 quilômetros de trajeto no entorno, a prova tem “um circuito desafiador para profissionais e bem tranquilo para amadores”, nas palavras de Gean Hoffmann*, um dos organizadores. “Dá chance a todos”, garante Hoffmann.

Largada da categoria Sport no 2o Maraton Márcio May Pedra Branca em 2012
Foto: Elyandro Modro
Não é a toa que ano passado a competição Marathon Marcio May Pedra Branca foi eleita a segunda melhor do Brasil em votação “Guidão de Ouro”  promovida pela revista Bike Action, uma das mais importantes do segmento no país. Para este ano são esperados 620 atletas brasileiros e estrangeiros. “Mais de 550 atletas já confirmaram participação a duas semanas da prova. A grande atração desta competição é a possibilidade dos atletas vencerem seus próprios desafios”, ressalta May.

Treino Oficial ocorrido em Maio/2013
De acordo com ele, o cuidado com a estrutura oferecida aos competidores e com um bom trajeto, que valoriza a natureza do bairro, é parte do sucesso da Marathon. “O empreendimento tem 90% dos méritos”, afirma.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.marciomay.com.br .

Estilo de prova para todos os níveis e idades

Trecho do percurso PRO
A 3ª edição da Marathon Marcio May Pedra Branca terá 28 categorias divididas entre SPORT e PRO, com subidas e descidas de estrada de terra, mas sem partes muito técnicas. Na categoria SPORT – para iniciantes – o trajeto será de 26 km e dará a volta ao Morro da Pedra Branca. A categoria PRO contará com um novo trajeto com uma volta de 52 quilômetros passando por belas paisagens, subidas e descidas.

Outra novidade da prova para este ano é o apoio da Shimano que dará suporte aos competidores. “Os atletas que necessitarem regular a bike antes e durante a prova contarão com um oficina da Shimano no local”, destaca Márcio May, idealizador da prova.


Premiação: 
  • Todos os atletas que completarem o percurso receberão medalhas de participação. 
  • Os cinco primeiros colocados de cada categoria ganharão troféu. 
  • Já os três primeiros colocados na Geral PRO masculino e feminino serão premiados com uma bicicleta Caloi 29 – que vale aproximadamente R$ 1.500,00, além de outros prêmios.
  • Também sortearemos uma bike Caloi 29 e um transbike Thule 921 de R$ 2.000,00 entre os participantes. Faremos uma promoção do melhor vídeo da prova postado no Youtube após o evento”, anuncia May.
(*) Contatos do Gean Hoffmann (da organização): 48 3244.1414 / 9111.8808


Inscrições
  • Inscrições pelo site Sistime – CLIQUE AQUI PARA FAZER SUA INSCRIÇÃO
Linda camisa de ciclista para os 700 primeiros inscritos
  • Confira a LISTA DE INSCRITOS (560 atualmente) -CLIQUE AQUI

15 de maio de 2013




Ainda não tive oportunidade de conhecer pessoalmente o biker José Adal, mas achei o depoimento dele, divulgado na Revista Bicicleta (fonte do texto), bem legal e pedi autorização para divulgá-lo na coluna Gente que Pedala.

Conforme ele me disse e também considero o propósito desta coluna, se for para incentivar mais pessoas a pedalarem, pode publicar!

Espero que gostem de mais esta história Show de Bike!

CicloAbraços, Biker


Vamos pedalar, amigo?

A Bike é um veículo de transporte - Ora, isto eu já sei! Quero dizer outra coisa. Ela é também um veículo de comunicação. Sobre ela não se faz só exercício corporal, há o linguístico: falar, cumprimentar e perguntar. Que exercício para a língua! E como a gente vai mais longe conversando!


Meu apelido para alguns colegas é Seu Zé fecha farmácia - não compro mais remédios.

Foi assim, batendo papo com o conhecido Dunga, que entrei em contato com o Mountain bike. Precisava ver o entusiasmo dele pelas pedaladas. Não tive dúvida; caí dentro. É bem verdade que quase morri no primeiro passeio de 30 km, mas sobrevivi e não parei mais de pedalar. Dunga me prometeu levar por cem trilhas diferentes. Resultado: fiquei 20 kg mais magro, ganhei uma boa musculatura e minha pressão normalizou. Meu apelido para alguns colegas é “seu Zé fecha farmácia” - não compro mais remédios para mim.



Fiquei mais magro 20 kg, ganhei uma boa musculatura e minha pressão normalizou.

Ah! Sim, já andei toda a centena de trilhas e quanta coisa aprendi conversando com o Dunga, tanto sobre as técnicas do ciclismo como a respeito de botânica; ele é um profundo conhecedor das plantas. Ouvindo as explicações em pleno campo e enquanto pedalava, acabei adquirindo mais respeito pela ecologia. A bike é mesmo mágica.

Mas, como dizia, pedalar exercitando a língua é ótimo. Sobre a magrela me sinto tão feliz que vou cumprimentando todo mundo no caminho. Todo mundo mesmo! Um jovem que me acompanha me imita brincando: “Oi, cavalinho bonito! Para aí, cachorro bonito!” É mesmo, falo com a natureza e com meus irmãos humanos.





A bike faz dessas coisas - junta as pessoas, cria amizades duradouras.

E foi assim que conheci João Bosco. Num passeio a um quilombo ultrapassava um ciclista desconhecido quando botei minha língua pra funcionar: “Ei companheiro, vamos com a gente!” E ele foi! Nós conversando, e o tempo e a estrada passando sem a gente ver. Não deu outra, ficamos amigos. A bike faz dessas coisas - junta as pessoas, cria amizades duradouras.

Trocando ideias enquanto os pés movem o pedal me lembra outra coisa incrível. Íamos, eu e João, no ti-ti-ti por um caminho com uma subida bem inclinada, onde tem que se fazer bastante força no pedal e até pedalar em pé - no meu caso, bufando. E não foi que nós, no conversê, nem notamos a tal subida? Lá na frente me dei conta: “João, cadê a subida do Peixe?




É assim. Andar de bike é um excelente exercício, mas com amigos ela se torna prazerosa e edificante. Nós três (José Adal, João Bosco e Dunga, ) temos praticamente a mesma idade, nascemos antes da metade do século passado, em 1944. Gostamos quando ouvimos um jovem, conosco na trilha, comentar: “Vocês são um exemplo pra gente!” E não é pra ser?! Quando pedalamos juntos são quase 200 anos em cima das bicicletas! Não cansamos - nem de pedalar, nem de conversar – e, enquanto isto, multiplicamos os amigos e conhecidos!

Então, só me resta usar a língua e perguntar: “Vamos pedalar, amigo?

José Adal Souza, faz parte do Clube Adventure de Bike & Trekking de Volta Redonda – RJ

14 de maio de 2013

Tive um professor em Porto Alegre que dizia que todos nós somos imbecis pelo menos três vezes ao dia. Eu concordo. Por sorte quase nunca essas estupidezes têm consequências maiores. É tão frequente cometermos erros de comportamento que nem nos damos conta. Por exemplo, dirigir e observar mulheres que caminham no passeio. Inúmeras porradas no trânsito já ocorreram, e continuarão ocorrendo, por conta dessa distração. É uma imbecilidade, pois nos tira os olhos do perigo à frente e ainda nos faz devanear afastando nosso pensamento da concentração necessária para dirigir. Que é gostoso todos sabem, mas aquela porradinha na traseira do carrão acaba com todo o prazer imaginativo. Das mulheres que azaramos nos esquecemos logo, mas jamais apagaremos o incidente que termina com a mão no bolso.

Subir uma escada mal arrumada, ou num banco instável, para apanhar algum objeto num armário alto é outra dessas imbecilidades. Inúmeras pessoas já perderam a vida assim. E fazemos isso por pura preguiça. Ou pressa. Veja, caro amigo, o que me ocorreu ontem.


Fui convidado a um pedal por meu cunhado. Era cedo e eu estava atrasado. Repassei minha lista de procedimentos que tenho fixada na parede: computador, sensor cardíaco, água, óculos, luvas, capacete... Quando cheguei na garagem ele já estava me esperando, eu retirei minha Mad Max (é o nome que demos à bicicleta) do gancho na parede e montei. Tudo apressado, dos equipamentos que costumo instar apenas a garrafa d’água estava colocada no suporte.


Saí para a luz ofuscante do dia sem nuvens. Parei por uns poucos segundos para instalar o computador e apertar o botão que o liga. Depois, já com a bicicleta em movimento, bem devagar, eu ia ajustando e respondendo às perguntas que ele sempre faz: o mapa é muito grande, não cabe na memória, prossegue? Movimento detectado, pode dar partida automática?


É interessante que o computador seja acionado logo para que as leituras de trajeto, velocidade média, máxima, distância percorrida, sejam feitas desde o início. Eu vinha concentrado nisso, pedalando de frente para o sol e bem próximo aos automóveis estacionados. Cabeça baixa e distraído em relação ao entorno, meu companheiro ia na frente.


Não me lembro como percebi, mas creio que o caminhão de mudanças que estava estacionado não seria percebido tão facilmente quanto um automóvel. Primeiro que ele é mais largo, o trajeto tangente a um sedan leva a uma colisão com o grandão. Sua carroceria é alta e quando apareceu por baixo da aba frontal do elmo, protetor solar, eu já estava com a roda da frente debaixo da traseira. Uma das mãos estava no computador e a outra no chifrinho do guidão. Não deu tempo de frear. Por puro reflexo apoiei ambas mãos na parede metálica para salvar o nariz. Nunca foi muito bonito, mas é o meu nariz e o prefiro feio como é, mas cumprindo suas funções fisiológicas a contento.


Estabelecido o contato que parou o movimento para a frente na altura dos ombros, o restante do corpo que estava abaixo seguiu seu caminho por inércia, junto com a bicicleta. Não consigo me lembrar de detalhes, mas posso descrever o acontecido por pura lógica de um engenheiro. Toda a minha carcaça de 80 quilos girou em torno dos ombros, pois meus braços foram fortes o suficiente para resistir ao esforço, posto que minha cara está do mesmo modo que antes. O detalhe agravante é que eu estava clipado, isto é, usando sapatilhas presas aos pedais. Os clips se abrem com algum esforço, mas demoraram algum átimo até que meus pés ficassem livres.


Ato contínuo, o meu traseiro, até então confortavelmente apoiado no selim, deslizou para trás e eu perdi o apoio. Isso aconteceu muito rápido, quase que simultâneo, embora não o seja. Eu não posso precisar o que ocorreu primeiro, se a desclipagem ou a perda do apoio da bunda. Mas eu estava irremediavelmente no ar com o corpo girando em torno de um eixo horizontal transversal ao meu trajeto anterior. Logo eu estaria na horizontal deitado numa cama imaginária a um metro de altura do solo.


Caí como cai um judoca levado a ippon. Bati os dois antebraços com as palmas das mãos para baixo, depois os cotovelos que rasparam o asfalto, depois as costas com uma fisgada forte e, finalmente a cabeça. Eu estava com a face para cima e a parte posterior do capacete bateu forte no chão. Até arrancou um pouco do revestimento de decoração.
Knock down. Por uns três segundos eu não conseguia me mexer. Meus óculos escuros haviam desaparecido. De alguma forma incrível saíram do meu rosto e uma das lentes fora arrancada. Mas eu ainda não sabia de fato o que ocorrera. Meu companheiro que estava adiante não tinha percebido, até comentou depois que olhou para trás e não me viu, só enxergava as pessoas que correram para me acudir.


Passado o efeito do impacto eu, com muita dor na espádua direita, rolei para me apoiar e tentar me erguer. Vi que já havia duas pessoas perto e falei a frase tranquilizante:


- “Não me toquem, eu estou bem.”


E estava, a dor cedeu rapidamente e o que mais me incomodava eram os cotovelos ralados. 


De crista quebrada, agora já assistido pelo cunhado, ajuntei as partes de meus óculos e voltei para a garagem. Lá eu tinha outro par no carro.


Avaliei meu estado de espírito, o potencial de estar escangalhado e julguei adequado manter o exercício programado. Pedalamos 20 km e nada, além dos arranhões, me incomodava.


Apesar de todas as imbecilidades que cometo em duas rodas tenho uma virtude de segurança, devo enaltecer o uso do capacete. Tenho certeza absoluta que se estivesse com a cabeça desprotegida eu teria sido seriamente ferido.


Ontem ao entardecer eu senti uma fisgada nas costas. A dor aumentou bastante e invadi a gaveta de medicamentos de minha ginecologista (esposa) para furtar um mata dor. Consegui dormir bem, mas cada vez que me mexia despertava. Hoje fui a um ortopedista e o diagnóstico é favorável: três semanas de dor forte. Ele disse que não vou morrer disso.


A notícia ruim é que não vai rolar o pedal de morro abaixo em Urubici neste fim de semana. A menos que os fanáticos queiram ir sem mim, mas não seria a mesma coisa. Quem vai contar numa crônica depois?

    Translate