22 de novembro de 2013

Nesta segunda e terça que se passaram, um novo movimento em prol dos bikers surgiu em Floripa.

O Movimento Bike Koerich Imóveis, através de parcerias com dois Grupos de Bikers, decidiu apostar no ciclismo como uma forma de apoiar a vida saudável, atitudes ecologicamente corretas, melhoria da mobilidade urbana entre outros benefícios.

Na segunda feira foi divulgada a Parceria com o Grupo Pedal do Della, através de um evento Show de Bike! Já na terça feira, através de outro evento Show de Bike, foi divulgada a parceria com o Grupo Pedal dos Amigos.

Para saber mais do que se trata, ver como foram os eventos através de vídeos e fotos, seguem as palavras da representante da Koerich Imóveis, bem como da líder do Grupo Pedal do Della.

Koerich Imóveis

(Assessoria de Imprensa - Anna Paula Xavier Cazatti)


1. Desde agosto de 2012 quando a Koerich Imóveis lançou o Projeto Mundo Melhor Koerich Imóveis, ela vem desenvolvendo ações internas e externas dentro de três pilares: Ecologicamente Correto, Socialmente Justo e Economicamente Viável. É a maneira que encontramos de alinhar nossas crenças, visões e valores da empresa.
O projeto Movimento Bike Koerich Imóveis começou com o desejo do diretor Walter Silva Koerich de patrocinar grupos independentes de ciclismo da cidade. É comum para quem vive Florianópolis observar vários grupos pedalando tanto no período da noite, quanto nos fins de semana e ajudar de alguma maneira era o desejo. 

2. O objetivo é o de colaborar com os grupos de ciclismo, incentivar o uso de bikes para amenizar o impacto do trânsito na cidade, melhorar mesmo a mobilidade urbana. Por esporte, por lazer ou como meio de transporte, o uso de bicicletas expande e contribui para construir um Mundo Melhor, com qualidade de vida, sem poluição e saúde.


3. Apoiamos porque acreditamos que cada pessoa tem um papel importante para a construção de um Mundo Melhor. Os grupos de ciclismo, assim  como a empresa, acreditam que pequenas atitudes e práticas saudáveis transformam o cotidiano e melhoram a vida das pessoas.

4. Para essa primeira etapa do projeto, levamos quase um ano desde a ideia inicial até o lançamento propriamente dito, pois precisamos conhecer cada grupo, alinhas nossas ideias e acreditar num mesmo objetivo e por isso, como é um processo longo, não temos uma data definida para a expansão.Mas nossa alegria é que após o lançamento já fomos procurados por alguns grupos interessados em também fazer parte desse grande movimento.

Queremos sim expandir, e agora o foco são os colaboradores da Koerich Imóveis. Em breve iremos implantar um projeto semelhante também para eles, onde buscamos incentivar o uso das bikes também por eles. 

Grupo Pedal do Della

(Rafaella Della Giustina)

A Della Bikes tem muito orgulho por ter sido escolhida pelo Koerich Imóveis como parceira para dar início ao seu Movimento Bike. O Pedal do Della, que se reúne às segundas-feiras e tem nível iniciante, está entre os mais tradicionais e maiores grupos de pedal de Florianópolis, tendo já dado origem a outros dois grupos próprios: o de nível intermediário, às terças-feiras, e o Pedal Dellas, exclusivamente feminino, que pedala às quartas-feiras. 

Atuando há 36 anos na cidade, sabemos da importância que a bicicleta tem na saúde e qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. A iniciativa do Koerich Imóveis vai de encontro a esta filosofia e é muito importante por atrair visibilidade para a inclusão da bicicleta na mobilidade urbana e o uso da bicicleta como esporte e lazer. 

O Movimento Bike Koerich Imóveis apoia os grupos de pedal e incentiva mais pessoas a usarem suas bicicletas, contribuindo, portanto, para uma cidade melhor. Este é também o nosso objetivo!

Movimento Bike Koerich Imóveis com o Pedal do Della

Fotos do evento (álbum da Koerich)
Vídeo do evento (reportagem Ric Mais, 19.Nov.13)


Grupo Pedal do Della com as novas camisas


Grupo Pedal dos Amigos

Movimento Bike Koerich Imóveis com o Pedal dos Amigos

Fotos do evento (álbum da Koerich)
Vídeo #1 do evento (Facebook)
Vídeo #2 do evento (Facebook)


Grupo Pedal dos Amigos com as novas camisas


13 de novembro de 2013

A Free Force, empresa situada em Blumenau-SC e genuinamente Brasileira, lançou várias novidades que aumentaram ainda mais o leque de opções para a galera que gosta de roupas de ciclista muito lindas e com muita qualidade e conforto.

Confira abaixo:



Veja a Combat e a Snake em destaque:





Para saber um pouco mais sobre as tecnologias exclusivas desenvolvidas pela Free Force, veja esta imagem:


9 de novembro de 2013


Para completar uma prova de Audax, além de várias características, a Persistência é uma das principais que o biker deve ter, pois passará por muitas provações, dificuldades e obstáculos, sendo mais fácil desistir do que continuar e completar o desafio.

A biker Patrícia Barcellos, que nos brindou com um ótimo depoimento ciclístico na coluna Gente que Pedala, neste link, vem agora trazer suas experiências em participação nas provas de Audax, culminando com o Audax Floripa 600 KM, que com muito suor e persistência, conseguiu completar!

ps: FLN = Florianópolis e POA = Porto Alegre


SOBRE AS PROVAS DE AUDAX - Patrícia Barcellos


AUDAX 2013 - 300 KM FLN
Então. Depois do 300 km do ano passado, eu comecei a acompanhar o site dos Audaxes, os posts do pessoal que participa. Comecei a ler relatos e fiquei tentada a participar mais. 

Prometi a  mim mesma que este ano faria até o 400 km. Ano que vem um pouco mais. 

Desejo participar do Paris-Brest-Paris, que acontece em 2015. Se tudo der certo.

Algumas conversas com o pessoal da Della Bikes, que organiza os Audaxes aqui em Florianópolis, e ia crescendo o desejo de curtir esse clima randoneiro.


AUDAX 2013 - 200 KM - Terra e Asfalto
A série para mim, este ano, começou em março e eu ainda estava casada. 

Combinamos, meu marido e eu, de fazer o Audax 200 km terra/asfalto. Concluímos.

Quando abriram as inscrições para o 300 km me inscrevi e em seguida veio a separação. Mesmo abalada tentei fazer a prova. Por uma série de motivos, cheguei no quilômetro 285 e não consegui mais seguir em frente, quebrei. 


AUDAX 2013 - 300 KM POA -
com o marido Maury Alexandre Vieira dos Santos
Arrasada por não ter concluído, fiz um relato e postei no Facebook, onde recebi muitos comentários solidários e também vários convites de ciclistas para fazer parte de seus perfis. Um destes comentou que eu poderia voltar para a série ainda este ano, se participasse do 300 km que ocorreria em Porto Alegre, dentro de 15 dias. Incentivada, animada e desafiada, me inscrevi. Treinei, organizei, foquei. Neste ‘entremeio’ uma recaída e o namoro com o ex marido começou a tomar forma novamente. Ele decidiu encarar comigo o desafio e fomos, os dois, tentar concluir a prova. Audax em Porto Alegre é encarar um frio de 3º C a noite. Foi duro, mas uma delicia. Conhecer novas pessoas. Entender um pouco mais sobre este tipo de prova. Se superar. Aprender. Trocar experiências.

Conclui sozinha, porque meu ‘namorido’ desistiu no km 200.

A adrenalina foi tamanha, que resolvi não parar por ai e voltando a Florianópolis já me inscrevi para o 400 km. Agora a coisa estava ficando séria. E os contatos aumentando. Pessoas entrando em contato através do Facebook. Os conhecidos de Porto Alegre se inscreveram também. A rede de contatos e amigos foi crescendo e eu, cada vez mais animada me sentindo fazer parte de algo muito bacana. Intenso.


AUDAX 2013 - 400 KM FLN -
com o parceiro Dalton Bertoldi
Um dos ciclistas que participaram do 300 km em Porto Alegre, que conheci durante o tempo que fiquei sozinha na estrada, fez contato comigo, para pedalarmos juntos o 400. Fui na empolgação dele, que é todo organizado e elaborou uma planilha perfeita. Os amigos começaram a dar dicas e um cicloturista (que já rodou a África, Austrália e Europa) que conheci num desses blogs, sabendo do meu sofrimento no primeiro 300 km, com um pneu pesado e largo, orientou a trocar para um mais fino, para cansar menos e aumentar a performance. Falei que não tinha condições de investir e dias depois chega pelo correio (ele mora na Suíça  um par de pneus mais finos. Os que ele tirou da bike dele e me enviou. Agora sentia a responsabilidade de concluir a prova.

Chamei esta prova de Audaxterapia. Foram 400 km pedalando com alguém muito divertido. Ganhei um novo amigo. Vencemos o percurso. Chegamos felizes. Três dias depois eu já pensava no 600 km.

Bom, 600 km é coisa de gente muito grande. Mas o incentivo dos ciclistas é tanto que você começa a se sentir muito capaz. Meu treinador de musculação resolveu fazer um treino especifico e funcional. Na academia o pessoal começou a apoiar e um dos colegas até se inscreveu no desafio do percurso menor, para entender o funcionamento desta prova linda.

Comecei a pensar sério sobre o assunto. Pedalar 600 km não é para qualquer um. Ia acompanhando a lista de inscritos e só eu de mulher. Na última semana 35 inscritos e só eu ainda.


AUDAX 2013 - 600 KM PC - com o parceiro Dalton Volles
No dia da prova, de última hora haviam se inscrito mais duas meninas, vindas de São Paulo. Concluímos juntas. Achei sensacional.

O 600 km me provou como participar deste tipo de prova me faz bem. A solidariedade e companheirismo, que é o chamado espírito randoneiro me encanta.

Num 200 km, ainda se você não tem muita experiência, não tem ideia o que é pedalar longa distância. Tem muitos participantes e ninguém programa nada.

No 300 km você já sabe alguma coisa, mas a noite te ensina truques. (porque é o primeiro Audax onde entra a noite pedalando).

No 400 km, você já tem uma certa experiência e aqui, aprende estratégia.

No 600 km você já está madura. Lógico que ainda tem muito a aprender. Mas não é mais uma principiante. Entende que estratégia, boa alimentação, hidratação e um tempo para dormir, são fundamentais para a conclusão. E principalmente para curtir o percurso. Mais que tudo, a parceria, a solidariedade entre pessoas que mal se conhecem e a amizade que se forma, são o que me encantam num Audax.

No final da prova do 600 km, quando faltavam uns três quilômetros para a chegada, ainda tínhamos que vencer duas grandes subidas. Meus joelhos eu já não sentia, de tanta dor. E meu companheiro de prova também na mesma situação. Resolvemos ir bem mais devagar do que as outras sete pessoas que se juntaram a nós no final da prova. Eles seguiram em frente, já noite. Quando descemos a última subida (em João Paulo) e voltamos para a SC 401, só faltava subir a passarela para atravessar a avenida e chegar na loja, cruzando a linha de chegada.

Para nossa surpresa e alegria, todos os outros sete ciclistas estavam nos esperando para chegarmos juntos, ali em cima da passarela. De longe, vimos as lanternas e faróis piscando. Todos querendo chegar juntos.

Esse é o verdadeiro espírito randoneiro. E foi emocionante. Porque não é competição, é parceria. É isso que me faz querer participar de provas como essa. Não competitivas.
A longa distância é um desafio pessoal.


AUDAX 2013 - 300 KM - Chegada

Queria, este ano, ter participado do 1000 km. Logo na semana seguinte ao 600 km, já pensava nisso, e incentivava a galera que concluiu o 600 km aqui e no Rio Grande do Sul. Mas não foi possível, por questões financeiras.

Ainda. Tenho o apoio dos meus chefes que me incentivam e colaboram com meus horários para treinar.

E mais que tudo. Minhas filhas incentivam, admiram, colaboram. Me sinto fazendo um bem danado para nós três. Mostrando como é legal fazer parte disso, praticar um esporte, conviver com pessoas bacanas. Elas adoram estar na largada, na chegada. Vivem comigo este desafio. Sinto que fazer disso um exemplo, é a melhor herança que posso dar à elas. O desafio de si mesma, o companheirismo, a solidariedade. Fazer amizades, fazer parte de grupos.

SUPER RANDONNEUR = distinção concedida a todo randonneur que completa a série de brevets de um mesmo calendário (200, 300, 400 e 600 km)

Na largada do BRM 600 km fui questionada sobre o que me move a fazer os Audaxes. Eu respondi que nem sabia, não tinha pensado nisso.

É até ridículo não ter uma resposta para esta pergunta. A verdade é o que todo mundo que faz Audax sente: espírito Randonneur.

E o que é isso? Pra começar a palavra “Audax”: na tradução quer dizer audacioso, corajoso. Que define o cicloturista com disposição e coragem para completar longas distâncias enfrentando condições diversas de clima e tempo, às vezes sozinho, muitas vezes acompanhado, e consciente de que pedala se divertindo, que o desafio não é ser melhor do que ninguém, não é ter como meta um prêmio em dinheiro, ou colocação. É cumprir o percurso determinado, com autonomia, sabendo que o importante é chegar bem, tendo conquistado autoconhecimento e amigos, muitos amigos.


Chegada do Audax 300 km em POA - Junto com a família:  filhas, marido, irmã, cunhado, sobrinhos.

Li em algum relato que grandes escaladores, alpinistas, montanhistas, ou quem participa de esportes de endurance gosta de fazer os brevets pois é uma maneira de treinar para suportar fazer a atividade em diversas condições climáticas, por muitas horas, às vezes dias.
Num BRM, ou prova de longa distância, o que vale não é a velocidade e sim o tempo, e como você lida com ele para cumprir sua meta. Por isso, quanto maior o tempo, e a distância, mais autoconhecimento você adquire. E quanto mais você participa das provas, e uma nova etapa você atinge, mais pessoas você faz contato, mais você se supera. E vira uma enorme família, que se apóia, que compartilha o caminho, que solidariza. Então, também dá para dizer que é uma audaxterapia. Por isso faz bem. Por causa disso a gente sempre quer mais. E é isso que me move: poder fazer parte de um enorme grupo de pessoas com um objetivo comum, saudável, movidas pelo desejo de se superar, divertindo-se, planejando juntas, vencendo medos e inseguranças e percebendo que a vida nada mais é que um caminho como o dos Audaxes, que precisa de planejamento, cabeça boa (ao contrário do que possa parecer, já que dizem que somos todos loucos!), estar bem alimentado e forte, focando o percurso em partes, pra chegar bem no final.

Eu ia fazer um resumo dos brevets desse ano (se o texto já ficou extenso sem o ‘resumo’, imagina se tivesse feito..), incluindo aquele que eu não concluí. Mas resolvi que só agradecer já basta. Minha meta este ano era conseguir fazer o 400. Por alguns detalhes quase não cheguei nem ali. Mas foi justamente por não ter concluído o primeiro 300 km (quem acompanhou tudo sabe do que estou falando) que cheguei ao 600 km.

Então meu agradecimento ao Milton, Edith e Rafaella Della Giustina e toda equipe e colabradores da loja, a Sirley Ninki da SAC de Poa e toda galera de Bento Gonçalves e do RGS que participa de todos os brevets daqui e de lá, gente doida pra caramba. Mas o principal agradecimento aos parceiros de começo, meio e fim Maury, Dalton Bertoldi, Dalton Volles, Renata, Luciano, Fernando. E pra galera que acreditou muito em mim e que incentivou e apoiou, lembrando do Marcelo Stimamiglio (que me fez a cabeça pro 600 km, na chegada do 400 km), Jorge Meira, Fabio Rosa (que colocou a mão no meu ombro) e Chris Nora que deu a dica pra eu continuar.


Brindando na chegada do Audax Floripa 600 km com o Dalton Volles e a Renata Mesquita(veio de SP)

Dá vontade de citar todo mundo, porque é bom fazer parte disso com essa turma. As dicas que vem de perto e de longe. Os relatos que eu leio. O figuraça do Pereira que a gente encontra sempre, e já virou lenda nos Audaxes. O Japa, que a gente tem várias historinhas pra citar. O Wollen que é outra figura, sempre no ritmo dele, sempre sorrindo e tranquilo.
Lembrança das boas conversas, das risadas, dos xingamentos. Dores, subidas, descidas e mais subidas. Nascer do sol, pôr do sol, estrelas, lua, frio, mais nascer do sol. Pneus trocados na estrada, no escuro. Acidentes. Abraços. O silêncio em grupo, quando a noite pede calma. A alegria do reencontro nos PC’s. Subidas que descem, descidas que sobem. Vento contra e a favor. Vento mais contra ainda. Cheiro bom de café com leite, macarrão quando a fome tá apertada. O gole de água na hora certa. A roupa molhada de transpiração e a vontade de tomar um banho. Banho que refaz pra recomeçar. Delírio quando bate a loucura de tantas horas de pedal e tudo se mistura, bike e corpo num só ser. Solidariedade na estrada. Cheiro de maresia quando a gente fica bem pertinho do mar. Amigos esperando nos PC’s. Buracos da estrada e ressaltos da estrada. Família acompanhando a largada. O abraço das filhas na chegada. As dores do dia seguinte. O êxtase do dia seguinte. E o mais gostoso de tudo: avistar a galera, com faróis e lanternas acesas, esperando na entrada da passarela que leva à reta de chegada, só pra todo mundo chegar juntos. Todos loucos pra chegar, cansados, mas com o espírito de não deixar ninguém pra trás, de compartilhar a glória de conseguir chegar bem, no tempo estabelecido. A dor passa quando a adrenalina toma conta. E isso é bom demais!

Gosto muito quando a gente se reencontra. Ano que vem tem mais. Tentar a série toda até 1000 km (que este ano não deu por falta de verba....). E focar em 2015.


AUDAX 2013 - 600 KM - Chegada

8 de novembro de 2013

Ciclistas,

No dia 01/12/13, haverá uma maratona/corrida e caminhada (a pé) que encerra o circuito estadual de maratonas/corridas do SESC. Todas as vezes a escolta dos corredores, principalmente os primeiros colocados, foram feitas por motos. Desta vez, a iniciativa do SESC é que seja feita por bicicletas (nós :D).


De bike, não obrigamos corredores a correr atrás de poluidores escapamentos de motores!!!


Que tal fazer parte deste grupo que inovará o circuito de corridas?


- Para maiores informações e/ou para se inscrever, envie mensagem para viaciclo@viaciclo.org.br, com o assunto: 'Escolta usando Bike' e deixando seu nome e um contato telefônico se possível.

- Serão selecionados 15 ciclistas, sendo 10 que farão a escolta e 5 suplentes.

Kit dos batedores: uniforme do staff, apitos e faróis. Uniforme e alimentação por conta do Sesc, apitos e faróis por conta dos ciclistas.


Circuito Sesc de Caminhadas e Corridas - etapa final em Florianópolis

Domingo, 1 de dezembro às 07:30

Clique aqui para acessar o evento no Facebook


1 de novembro de 2013


No depoimento abaixo, a biker Patrícia Barcellos demonstrou ser uma pessoa muito corajosa e guerreira, inclusive na vida ciclística! Adepta do Cicloturismo, pedalou por mais de 1.500 km, numa viagem entre Florianópolis e Rio de Janeiro, além de ter completado várias provas de Audax, a última de 600 km (neste ano, coisa que poucos bikers conseguem). Um exemplo de pessoa que curte pedalar e que vale à pena seguir! :)

Espero que curtam este depoimento Show de Bike!


Biker Patrícia Barcellos
Sou gaúcha de Porto Alegre, 42 anos, e quando adolescente ficava sonhando em morar em uma ilha, ter uma bicicleta como meio de transporte (igual aos filmes que eu assistia, das mocinhas pedalando com cesta de flores, indo ao mercado e tal), uma casa com horta e viver feliz para sempre.....

Ok. Aos 24 anos (1995), formada em hotelaria, sai de casa dizendo que ia embora para Florianópolis (a Ilha), cidade que não conhecia. Fiquei um tempo na casa de uma tia que morava há alguns anos na ilha, até conseguir trabalho em um hotel. Me mudei, casei e em 1999 nasceu minha primeira filha. Neste mesmo ano me separei e fui morar no Rio Vermelho. Zona rural dentro da ilha, longe de tudo. Comprei uma bicicleta para usar como meio de transporte pelo bairro. Minha filha, já com 01 ano e meio, e eu comecei a trabalhar em uma pousada lá mesmo. Sou apaixonada por praia, adoro viver e curtir a Ilha. Nos intervalos do trabalho ia à praia de bicicleta e em todos os dias de folga também. Meus amigos surfavam, as namoradas e esposas ficavam na praia e eu chegava de bicicleta causando espanto. 

A praia, Moçambique.


Para ir para Moçambique com um bebê, passar o dia com a turma, eu precisava estar equipada. Portanto montava a cadeirinha, um balde com brinquedos pendurado na frente na bicicleta. Guarda-sol amarrado no quadro, uma mochila com fraldas, comidinhas e água e presa à mochila, uma cadeira de praia. Para complementar o look, um chapéu de Cowboy e pronto, já era conhecida no bairro. Maioria de moradores nativos, ficavam espantados. Mas era divertido, prático e eu pedalava feliz com minha filha, pra lá e pra cá. Entre a praia e minha casa era uma distância de 5 ou 6 quilômetros. Já achava bastante...

Em 2002 nasceu minha segunda filha. Eu com dois bebês, desempregada, passando alguns momentos difíceis,  mas feliz na minha Ilha. Momento de repensar muitas coisas, e segurando uma barra por estar longe da família, decidi que deveria voltar para Porto Alegre. Mesmo sabendo que seria muito triste deixar o lugar que considero como meu chão, Florianópolis.

Como última tentativa para ficar, sai distribuindo currículos e o destino me trouxe para o norte da ilha, Cachoeira do Bom Jesus, onde sou gerente de um hotel há 10 anos. Tive a sorte de ser muito bem recebida pelos donos do hotel, que me acolheram como membro da família e por 07 anos morei em uma casa cedida por eles, em frente ao hotel. Assim, ficava perto das minhas filhas, e tranquila para trabalhar em tempo integral. Como tinha tudo por perto vendi a bicicleta, junto com outras coisas.

As meninas cresceram, foram ficando mais independentes e comecei a olhar para mim. Por cinco anos me dediquei exclusivamente ao trabalho e às filhas, somente. Uma fase linda. Porém, chegava o momento de mudar novamente o meu foco. Estabeleci prioridades, determinei horários para trabalhar (não mais 24 horas...) e organizei o tempo das meninas para que fossem entendendo que eu precisava de um tempo para mim.


Neste período, por amar tanto o mar, me inscrevi num curso de mergulho e conheci minha grande paixão, mergulho autônomo. Fiz mais cursos e hoje tenho certificação de mergulho avançado. Por alguns anos, durante a temporada de mergulho, e quando não precisava estar no hotel, saia para mergulhar. Iniciei o curso de dive master, mas não conclui. No entanto, conheci o pessoal das operadoras de mergulho daqui, e alguns instrutores, e gostava de estar em cima do barco, mesmo que não fosse mergulhar, de ir para Ilha do Arvoredo. Comecei a me equipar. Ganhei alguns equipamentos, investi em outros. Saída de mergulho custa caro. Às vezes o pessoal da base de mergulho me convidava para mergulhar. Uma das meninas, minha amiga,  foi trabalhar em uma operadora na Barra da Lagoa e sempre me chamava para mergulhar lá, na Ilha do Xavier. O transporte público aqui é uma tristeza. Para percorrer o trajeto de 25 km entre minha casa e a operadora de mergulho, eu precisava de carona, já que nunca tinha horário de ônibus àquela hora da manhã, no final de semana. E saída de mergulho é sempre 08:00.

Então, um dia fui conversar com o caseiro do condomínio e enxerguei uma bicicleta num canto, toda enferrujada. As rodas empenadas. Comprei por R$ 50,00. Troquei o que precisava trocar para fazê-la ‘funcionar’. E com ela percorria os 25 km até a operadora, carregando todo meu equipamento (menos cilindro, claro). Subia morro com todo aquele peso, feliz da vida. Indo praticar o meu mergulho, que eu adoro. Quando era lua cheia, na hora que eu saia para ir até lá, subindo o morro dava para ver a lua se pondo de um lado e o sol nascendo no outro. Comecei a encarar uns trajetos maiores com aquela bicicleta e a utilizá-la como meio de transporte. Ia para qualquer canto. Estava gostando muito.


Cicloviajando com o marido
Em 2010 conheci um namorado. Ele, carioca, triatleta, tinha vindo morar em Florianópolis depois da separação dele, em 2007. Naquele ano havia participado do Iron Man, voltou e ficou. Logo reparou na minha bicicleta (falou que tinha até medo de contrair tétano se subisse nela e não entendia como eu podia me locomover com ela, e ainda, tão longe com o equipamento de mergulho nas costas). Me auxiliou na compra de uma bicicleta nova, simples, mas de alumínio desta vez. Então, investi na troca de rodas melhores e ele me ensinou a trocar pneu, orientou sobre os itens de segurança e fui me equipando e aprendi a pedalar longas distâncias passeando, ou mesmo o acompanhando nos treinos.

Comecei a curtir mais ainda. 

Mergulho é um esporte caro e treinar de bicicleta começou a tomar mais tempo, já que nós tínhamos muito prazer em treinar e passear juntos. Diminui as saídas de mergulho e comecei a pedalar com ele.

Antes de conhecê-lo, ainda com minha bicicleta de ferro, pesada e enferrujada, cogitei a possibilidade de dar a volta na Ilha, durante o mês de férias, curtindo o que muito turista quer, que é estar aqui. Pensei em pedalar por um mês, ficando em pousadas em cada bairro, mas acabei não concretizando. Ficou para depois.

Certa noite a mãe de um colega da minha filha esteve em casa e comentou de um evento que ocorreria em março, e me convidou a participar. Comentei com o namorado e ele topou. Nos inscrevemos no Audax 200 km - 2012. Foi ai, então, que acabei realizando o desejo de dar a volta à ilha, porque o percurso da prova é esse.

Gostei tanto que resolvi fazer o 300 km, logo depois, desta vez acompanhada de um amigo.
Então, com este namorado, combinamos de ir de férias para o sul da Bahia, num mês de agosto (2011), acampar e levar as bicicletas. Planejamos a viagem para a região de Prado. Nos instalamos em Cumuruxatiba. Pleno agosto, Camping em frente ao mar. O carro ficou parado o tempo todo e nós pedalando todos os dias. Praias, falésias, fazendas, estradas. Fui ficando apaixonada pelo cicloturismo.


Férias pela Bahia
Atravessando o Canal Cahy - Bahia
Percurso feito na viagem
Fim das férias, bikes no carro, direção Florianópolis, vínhamos conversando, observando a BR 101 e fomos planejando as férias do ano seguinte. Chegamos a feliz ideia de pedalar de Florianópolis até Niterói - RJ. Observando a BR, fomos calculando e ia nascendo esse desejo.

O ano seria 2012, férias de agosto. O semestre anterior foi todo dedicado a planejar esta viagem. Todas as noites abríamos o mapa em cima da mesa, e junto com as meninas, íamos sonhando. Mudamos os planos. Nada de BR. A ideia agora seria ir pelo litoral. Mais bacana. E fomos calculando km  bolando estratégias. Economizando. Comecei a pesquisar em blogs e sites de cicloturismo. Nem imaginava a enorme comunidade de ciclistas, tanta gente viajando. E fui gostando cada vez mais. Fiz alguns contatos, recebemos dicas. Fomos convidados a passar a noite na casa de ciclistas que nem conhecíamos.

Viagem organizada, tudo planejado e foi uma das viagens mais maravilhosas que fiz. Parceria do agora marido, que entendia tudo de manutenção. Levamos 18 dias para percorrer 1560 km de Florianópolis à Niterói  Tudo com muita segurança e bem planejado. Deu tudo certo, até o tempo colaborou, nenhum dia de chuva.


Viagem de Floripa ao Rio de Janeiro
Pedalando pela Estrada da Graciosa 
Chegando ao Rio de Janeiro

De volta à Florianópolis fiz um relato que enviei para o jornal Diário Catarinense (neste link)  e uma revista de esportes (Sul Sports, neste link). 


Curtindo o Cicloturismo
Eu havia sido ‘picada’ pelo inseto do cicloturismo. E comecei a querer conhecer o pessoal que pedala aqui em Floripa.

Mas a minha bicicleta já havia sido toda reformada. Quero dizer, o que sobrou dela foi o quadro, porque eu já havia feito vários up grades. Precisava melhorar. Levei na loja e perguntei: “quê mais preciso fazer na bike para melhorar a performance?” O mecânico sugeriu trocar o quadro. Esperei passar a temporada e investi num novo quadro. Ainda não uma bike TOP, mas melhorou muito. Agora uma bike feita para mim.

Enfim, neste ano (2013) nos separamos. Perdi o parceiro dos treinos, mas não o desejo de continuar, e segui sozinha, mergulhando e pedalando. Utilizo a bicicleta como meio de transporte e gosto de treinar longa distância. Continuei a fazer isso sozinha, às vezes alguns amigos acompanhando.

Separação, momento sofrido, difícil. Pedalar me ajudou a superar este momento. Muito.

Conheci várias pessoas. Me inscrevi em passeios, até mesmo fora da cidade. Recebi muito apoio. Foi importante para mim fazer parte destes grupos. Pedalar foi uma terapia e um canal para conhecer pessoas interessantes, divertidas, saudáveis.

Acabou, que com isso, reatamos e continuamos nossos treinos e planos de mais viagens por ai.


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