7 de setembro de 2013

Ainda não tive o prazer de conhecer o biker Bruno Rocha, filho da biker Hila Rocha, e que comprova aquele ditado: "Filho de ciclista, ciclista é". :)

Após o depoimento dado pela mãe na semana passada, ele conta sua ótima história ciclística na coluna Gente que Pedala, provando que a paixão pelas magrelas passa de mãe para filho!

Vale à pena ler!

Mãe Hila que é exemplo para o biker Bruno Rocha
Depoimento do Bruno Rocha

Sinto-me privilegiado e extremamente agradecido por deixar meu depoimento logo após o de minha mãe, essa pessoa que me inspira e pelo qual tenho enorme admiração e orgulho.

Sempre usei a bicicleta como meio de transporte, mas sempre em trajetos curtos em meus deslocamentos em Florianópolis. Uma viagem longa sempre esteve em meus planos, mas nunca conseguia tempo ou recursos financeiros para realizar esta viagem. 


Em Urubici
Em dezembro de 2012, a Hila me convidou para um pedal até Urubici, e partimos sem muita pressa. Acabamos estendendo o trajeto, e no fim foram 800 km em 10 dias, passando por 15 cidades, em estradas secundárias e evitando rodovias movimentadas. No caminho, cachoeiras, montanhas, subidas, descidas, paisagens deslumbrantes, alguns imprevistos, e um ótimo começo para minha carreira de cicloturista (que está apenas começando). Logo em seguida comecei a participar das bicicletadas, conheci o movimento bike anjo, encontrei pessoas maravilhosas que estão batalhando por mais respeito no transito, por mais infraestrutura cicloviária e de transporte ativo. 

Na Praia do Rosa
Vejo com muita preocupação a situação atual da cidade de Florianópolis com a falta de infraestrutura de transporte coletivo, a quantidade absurda de veículos automotores particulares e a inatividade dos governantes, que pouco falam e fazem ainda menos para melhorar as condições da mobilidade urbana. E além da falta de estrutura física (ciclovias, ciclofaixas, etc) ainda temos de conviver com motoristas cada vez mais ensandecidos, estressados, ávidos por cada centímetro de asfalto à sua frente, acelerando furiosamente seus possantes poluidores, avançando e ameaçando qualquer ser vivo que ouse cruzar seu caminho.

Serra do Corvo Branco
Pedal da Mari, Jaraguá do Sul
Moro no bairro Sambaqui, e uso a bicicleta quase todos os dias em meu deslocamento até o trabalho, no bairro trindade. É um trajeto curto, aproximadamente 15 km, mas grande parte na rodovia SC-401, a mais movimentada do estado. É um trecho aonde se esqueceu de qualquer infraestrutura para pedestres ou ciclistas, sem acostamento ou calçada, trechos totalmente sem iluminação, etc., fatores que certamente contribuem para desencorajar mais pessoas a usarem a bicicleta na região. 

Morro da Igreja
Todo dia existe uma incerteza de chegar vivo a meu destino. É uma constatação cruel, mas se não forem feitas obras de melhoria nas ruas e rodovias essa ainda será a preocupação de muitos ciclistas. Espero que em breve possamos esquecer que um dia utilizar a bicicleta como meio de transporte foi um ato de um misto de coragem e suicídio.

Pedalada Noturna
Agradeço a todos os amigos, ciclistas ou não, e espero poder dar longas pedaladas pelo mundo, muito em breve.

Bruno Rocha


Viagem ao fórum mundial da bicicleta

0 comentários:

Postar um comentário

    Translate