Um excelente depoimento da biker Marcella Olinto que curte muito estar pedalando, trabalha nesta área e sempre vê motivos para pedalar ao invés de arrumar desculpas! Não tem problema com chuva, frio ou com a falta de segurança do trânsito. É uma biker persistente, corajosa e que busca incentivar outras pessoas a descobrirem o prazer de pedalar!
Depois que descobriu o Cicloturismo, a Marcella conheceu e ainda está em busca de novos horizontes cicloviajando! :)
Espero que curtam este depoimento Show de Bike!
No caminho entre Rancho Queimado e Leoberto Leal trabalho com o Caminhos do Sertão |
Pedalar me ensinou a ser mais tolerante, mais persistente e mais envolvida com os mais variados projetos relacionados - alguns chamariam de obsessão, mas quem é apaixonado por isso, entende. Hoje eu vejo mais detalhes, busco mais interação com as pessoas, e luto por uma cidade com menos carros e tudo o que eles produzem: congestionamentos, barulho, sujeiras, acidentes, pressa, insensibilidade.
Com umas das primeiras bicicletas que tive, e que me levava para todos os lugares do bairro que eu morava. A seguinte foi uma Caloi 100 que está com uma amiga até hoje, rodando feliz pela ilha. |
Muitas vezes, eu nem culpo os motoristas que não respeitam a faixa de pedestres ou outros veículos na via. Eu também já sofri dentro de um veículo motorizado no trânsito de Floripa e no caminho para outras cidades, e também já fui ignorante no que diz respeito ao trânsito. A gente não consegue enxergar além do nosso umbigo. Isso não quer dizer que lhes dou razão, quer dizer que não espero que eles melhorem de uma hora para outra. E também quer dizer que eu não vou me adaptar às finas ou aos riscos das altas velocidades - a cidade é que tem que se adaptar às pessoas. É por esses motivos que ajo de forma a evitar essas atitudes, posicionando-me para ocupar um terço da pista, uso colete refletivo e luzes à noite, espelho retrovisor, e tem funcionado muito! Tenho conseguido respeito na marra e já nem me esforço. Procuro sinalizar minhas intenções e até mesmo, desacelero para que um carro que esteja esperando atrás da bike ultrapasse mais facilmente (ganho uma buzinadinha simpática em troca).
Bicicletada Floripa |
O mais legal da bicicleta é a camaradagem. Todo mundo aprende e ensina muito, apesar de que, muita vezes, ela é a única coisa em comum que temos. É a forma mais interessante de ganhar segurança e resistência, conhecer novos trajetos e fazer muitos bons amigos.
PedaLua, com o Caminhos do Sertão, em 2012. |
Participar da Bicicletada Floripa, do Duas Rodas MTB Floripa (sinto falta!), do PedaLua, do Bike Anjo (sou voluntária até hoje), do Audax (parei no 200km e não tenho intenção de partir pro próximo, mas a experiência foi incrível!), do Desafio Intermodal, das reuniões e manifestações políticas, fez toda a diferença para que eu pudesse aproveitar tanto a bicicleta como hoje.
Pedalada Noturna |
Na Rota da Baleias, em Imbituba, com o meu pai vindo logo atrás |
Retorno com o barqueiro Baião na primeira cicloviagem |
No segundo dia do trajeto Leoberto Leal - Rancho Queimado. |
Subidas e mais subidas. |
Em agosto desse ano, resolvi organizar uma Pedalada Noturna, que desde então acontece toda semana, às terças-feiras. Saímos da Trindade, pedalamos cerca de 30km em ritmo tranquilo. Para os iniciantes, é um momento de treinar, aproveitando o embalo do grupo, para os experientes; um momento para andar mais devagar (o que parece fácil, mas não é, e pode cansar também) e todos aproveitam para conversar e curtir a noite pedalando pela cidade.
As bikes na Bicicletada da Lagoa |
Então era isso!
Nos vemos pedalando por aí.